01/08/07

O MAPA

Um dia perguntou-me:
Estudaste os teus mapas? Conheces os caminhos?

Olhei-a desconfiada e, cheia de medo de me perder,
desenhei-me em quadrado,

desfiz-me em quilómetros.

3 comentários:

pat disse...

saudades

pat disse...

Quanto mais leio estes versos mais «morro» de inveja quanto ao teu talento. Pena que nem todos tenhamos a mesma coragem para dizer o que sentimos com a nossa própria pena.

Anónimo disse...

"O Reflexo do caminho que te trouxe até aqui mergulha no Mar, e já não sabes se foste tu que escolheste o caminho, ou se foi ele que te escolheu. Sabes apenas que o percorreste sem atalhar e que ele te deixou aqui, junto ao Mar. O Sal que corrói o rebordo do reflexo, vai acabar por te corroer a carne se não partires. Sente o vento que te chama e manda o verbo passear, para poderes acender um último cigarro, no Substantivo que se conjuga para te iluminar. Mergulha, não tenhas medo. O Reflexo do caminho que te trouxe até aqui mergulha no Mar, e tu que não sabes se escolheste o caminho ou se o caminho te escolheu, sabes agora, que tens de Mergulhar."

Creio que não é coragem mas absoluta necessidade de escrever, de procurar sons, de provocar as palavras.

O talento da Filipa nasce da aliança perfeita entre o ser e a procura. Só o ser chegava, mas quer sempre mais

Um abraço para todos

Rodrigo
http://sol.sapo.pt/blogs/nedra/default.aspx?p=3