25/06/07

Nos camarins...







(para ler clicar sobre as imagens)


Em Famalicão I




Gostei imenso de lá ter estado. Foi bom sentir de novo a garra da CGD. O entusiasmo. Parabéns a todos.

ESTAMOS SÓS COM TUDO AQUILO QUE AMAMOS

A Mafalda fez anos. Poucos. Quando a Mafalda faz anos o povo vem para a rua festejar, comer, olhar para o ar e bailar até às tantas. Alguns fazem amor pela terceira vez, às escondidas do fisco. Quando a Mafalda faz anos a cidade forra-se de alecrim e de alfazema e as moças casadoiras fazem chichi atrás dos arbustos.
Quase me esquecia de vos contar que a Mafalda é uma princesa de um reino adormecido, atravessado por um grande aeroporto que ninguém sabe onde fica. Diz-se que só lá poisam pombinhas de maçapão e abutres sem pasta. Quando a Mafalda faz anos, e lhe apetece, vem à janela e atira moedas de chocolate e ácidos para o povo. O povo prefere os ácidos. É um povo pobre, mas não é estúpido. Quando a Mafalda faz anos dá cabo da escuridão do mundo. Juro-vos.

Um dia, um dos poetas do reino (E. Mello e Castro) ofereceu-lhe este POEMA DE AMOR. A Mafalda lê-o sempre, antes de adormecer:

desejo-te não desenho-te
detenho-te não devejo-te
desejo-te não desejo-te

dessonho-te não decanto-te
diluo-te não dessinto-te
deslaço-te não desfaço-te

construo-te não contenho-te
concluo-te não condano-te
consinto-te não conlaço-te

componho-te não convejo-te
convido-te não começo-te
confesso-te não confalo-te

imponho-te não impeço-te
intacto-te não intalo-te
instalo-te não indomo-te

inlevo-te não instruo-te
inclavo-te não incluo-te
intenho-te não destruo-me

Entretanto, a Mafalda adormece e "foi apenas mais um dia que passou entre arcos e arcos de solidão.

15/06/07

Carlos Drummond de Andrade

Da américa do norte para o doce sul e daí para o outro lado do oceano, num pequeno grande país com cara de gente. Amanhã a Filipa entregar-nos-á Drummond. às 22h00 em Famalicão.

(aqui a voz do poeta)

Allen Ginsberg - América

música: tom waits
video: fotomontagem
intenção: - será amanhã à noite, em português, na voz do grande isaque.

«Vemo-nos no limbo»
Casa das Artes de Famalicão
A GCD às 22h00
Apareçam...

Parabéns !!!

Foi esta semana - dia 12 de Junho - que o TOBIAS acrescentou mais um ano de vasta experiência ao seu curriculum de vida. Parabéns atrasados rapaz. (com o Santo António e tanta animação esta mensagem viu-se forçada a um atraso substancial. MIL DESCULPAS. )

13/06/07

Kate Bush - Wuthering Heights

A Mafalda não consegue fazer posts do youtube para cá. Por isso, faço eu por ela.

08/06/07

Carlos Paião - Play-Back Eurovisão 1981

é incrivel. não resisto. deixo-vos apenas mais este. bom fim de semana CGDs.

Doce -Bem Bom

A imagem não é boa (mesmo nada boa) mas aqui fica mesmo assim.

05/06/07

Informação espectáculo Casa das Artes de Famalicão


A Caixa Geral de Despojos apresenta:
«Vemo-nos no Limbo»
16 de Junho de 2007 – Casa das Artes de Famalicão – 22h00


No regresso à Casa das Artes de Famalicão, depois do êxito de «Delírios Orais», em Outubro do ano passado, prometemos muito:
música improvável, imagens azuliantes, uma réstia de luz, lampejos, beijos no escuro, incomodidade, mortíferas mensagens, o tilintar dos corpos, palavras de vidro.

Isto tudo à boleia dos nossos vates de estimação:

Álvaro de Campos, Herberto Helder, Carlos Drummond de Andrade, Allen Ginsberg e Vasco Gato.

Prometemos muita magia, numa noite de marfim em que «o mar é só mar e as estrelas são só estrelas».

SOMOS O QUE SOMOS
nesta maneira tão nossa de andarmos pela vida com a Palavra às costas e o sonho debaixo do baço.

São cúmplices desta aventura sem peias:

- Pedro Lamares (concepção, coordenação-geral e leituras);
- Sandra Salomé e Inês Lua, Filipa Leal e Isaque Ferreira (leituras)
- Luís Tobias e Raúl Cunha Faria (imagem);
-Ana Deus (voz), Pedro Moura (guitarra) e Fátima Santos (acordeão);
- João Gesta e PAT (selecção de textos, coordenação e assessoria de imprensa).

Já dormimos juntos, mas não houve nada.

Informação aos OCS – PAT

04/06/07

DESPEDIDA


(fotos: Luís Tobias)


O Senhor Rogério partiu. De vez. Deixa-nos muitas saudades. Fez connosco alguns recitais, um dos quais, o mais divertido, no café Aviz, integrado no festival Faladura.
Em sua memória ficam estas palavras mágicas de Eugénio de Andrade:

DESPEDIDA

Colhe
todo o oiro do dia
na haste mais alta
da melancolia.